O Bom Combate - Estudos Bíblicos

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Estudos Bíblicos
Pr. Jorge Albertacci
Levantai os vossos olhos para as terras que já estão brancas para a colheita. (João 4:35)
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O Bom Combate

TEOLOGIA DO OBREIRO > Estudos Bíblicos
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2Timóteo 4:7

“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”

O que esse homem chamou  de bom combate diante de tanto sofrimento?

INTRODUÇÃO

As declarações de Paulo no texto em apreço, quando não considerado o contexto dá para o leitor a impressão de um contrassenso, considerando que, sua vida foi somente de sofrimento a partir de sua conversão até o dia da sua partida para estar com o Senhor na eternidade.

SUA IDENTIFICAÇÃO

Suas prerrogativas declaradas por ele próprio não foi no sentido gloriar-se em si mesmo, mas, no anseio de testemunhar a transformação realizada na sua vida depois da decisão de ingressar na fileira dos batalhadores pelo Reino de Deus, impulsionado pelo Espírito Santo a partir da visitação que teve na estrada de Damasco: - “Quanto a mim, sou varão judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso para com Deus, como todos vós hoje sois” (At 22:3).

de saulo a paulo

Paulo, enquanto perseguidor, gozava de alto conceito entre as autoridades de então. Era judeu, termo que no Novo Testamento também é usado para aqueles que seguiam o judaísmo e que, às vezes, atacavam a fé cristã, chegando a perseguir os cristãos de forma violenta (Mt 28:15; Jo 1:19; 3:25; At 14:19). Era nascido em Tarso, Capital da Cilícia. Cidade que era um grande centro comercial e cultural da época. (At 9:11). Era culto, formado aos pés de Gamaliel, fariseu e mestre da Lei (At 22:3). Gamaliel era tolerante em relação aos cristãos (At 5:34-39).  Um homem com todas as prerrogativas acima descritas, atende ao chamado do Mestre e doravante renuncia tudo por amor ao evangelho. Ele mesmo declara: “Como nada, que útil seja” “deixei de vos anunciar e ensinar publicamente” (At 20:20).

Aos Filipenses ele declara: “E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus; meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo" (Fp 3:8).

COM PAULO NÃO FOI ASSIM

É comum o crente se mostrar disposto a fazer a obra do Senhor, mas, sem renúncia, sem abnegação, sem querer perder alguma coisa, e até mesmo como sal da terra não querer se gastar. Às vezes diante de tanta empolgação o indivíduo acaba sendo consagrado a obreiro, reconhecido pelo pastor, pelo ministério, pela Igreja e até mesmo pela convenção, e daí a pouco, torna-se um fracassado, incauto e pernicioso para a Igreja. Começa a dizer para um e para outro: vou sair deste ministério, vou me mudar de Igreja, aqui estou preso, preciso trabalhar, esta Igreja é fria, o irmão fulano é um mandão, o sicrano é outro e o pastor não vê. Eis um obreiro escolhido de acordo com o que disse Jesus em Jo 6:70: Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? E um de vós é um diabo.

Bom combate, um paradoxo?
 
No momento dessa declaração sua morte era iminente, ele entendia que estava prestes a ser sacrificado. Realmente ele era um imitador de Cristo (1Co 11:1), que ao expirar na cruz, bradou: “está consumado”, com essas palavras Ele dizia: todas as coisas estão satisfatoriamente concluídas de acordo com a vontade do Pai! (Jo 19:30).

Alguns dos seus sofrimentos: 

 - Em Damasco, o que governava sob o rei Aretas pôs guardas às portas da cidade dos damascenos, para me prenderem, e fui descido num cesto por uma janela da muralha; e assim escapei das suas mãos  (2 Coríntios 11:32-33);

 - Mas os judeus incitaram algumas mulheres religiosas e honestas, e os principais da cidade, e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus limites (Atos 13:50);

 - Dizendo isto, com dificuldade impediram que as multidões lhes sacrificassem. Sobrevieram, porém, uns judeus de Antioquia e de Icônio, que, tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto (Atos 14:18-19);

 - E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança, o qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior e lhes segurou os pés no tronco (Atos 16:23-24);

 - De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos varões. Mas, logo que os judeus de Tessalônica souberam que a palavra de Deus também era anunciada por Paulo em Beréia, foram lá e excitaram as multidões. No mesmo instante, os irmãos mandaram a Paulo que fosse até ao mar, mas Silas e Timóteo ficaram ali (Atos 17:12-14);

 - Porque um certo ourives da prata, por nome Demétrio, que fazia, de prata, nichos de Diana, dava não pouco lucro aos artífices, aos quais, havendo-os ajuntado com os oficiais de obras semelhantes, disse: Varões, vós bem sabeis que deste ofício temos a nossa prosperidade; e bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as mãos. Não somente há o perigo de que a nossa profissão caia em descrédito, mas também de que o próprio templo da grande deusa Diana seja estimado em nada, vindo a majestade daquela que toda a Ásia e o mundo veneram a ser destruída.  Ouvindo isto, encheram-se de ira e clamaram, dizendo: Grande é a Diana dos efésios! (Atos 19:24-26);

 - Então, Paulo, tomando consigo aqueles varões, entrou, no dia seguinte, no templo, já santificado com eles, anunciando serem já cumpridos os dias da purificação; e ficou ali até se oferecer em favor de cada um deles a oferta.  Quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele,  clamando: Varões israelitas, acudi! Este é o homem que por todas as partes ensina a todos, contra o povo, e contra a lei, e contra este lugar; e, demais disto, introduziu também no templo os gregos e profanou este santo lugar  (Atos 21:26-28);

 - E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos (Atos 27:20);

 - E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão. E os bárbaros, vendo-lhe a víbora pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a Justiça não o deixa viver. Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não padeceu nenhum mal  (Atos 28:4).

O bom combate propriamente dito:

Paulo combateu contra os erros religiosos (Rm 1:21-23). Combateu contra o pecado e a imoralidade nas Igrejas (Rm 3:5; 2Tm 4:3; 6:1). Combateu contra os falsos mestres (2Tm 4:3). Combateu contra a deturpação do Evangelho (Gl 1:6-12). Combateu contra o mundanismo nas Igrejas (Rm 1:12) Combateu contra o pecado (Rm. 6:8-13 - 1Co 9:24-27).
 
Porque Paulo classificou essa luta e esses sofrimentos, como bom combate?

01 - Pela convicção que ele adquiriu no seu encontro com o Senhor (At 9:1);
02 - Porque ele sabia em quem tinha crido (2Tm 1:12);
03 - Porque ele foi arrebatado até ao terceiro Céu (2Co 12:2);
04 - Porque ele teve visão da parte do Senhor (2Co 12:1);
05 - Porque ele foi arrebatado até ao Paraíso (2Co 12:4);
06 - Porque ele ouviu palavras inefáveis (2Co 12:4);
07 - Porque na vida dele havia sinais e prodígios (2Co 12:12);
08 - Porque ele se considerava como lixo para o mundo (2Co 4:13);
09 - Porque ele tinha o céu por sua cidade (Fp 3:20);
10 - Porque o Senhor respondeu a ele em oração: A minha graça te basta (2Co 12:9);
11 - Pela coroa que ele receberia no céu (2 Tm 4:8);
12  - Pela experiência adquirida quando estava preso em Filipos (At 16:23-40);
13  - Pela confirmação do seu ministério quando o Senhor lhe honrou entre os Efésios (At 19:1-7).

CONCLUSÃO

Motivo foi o que não faltou para que Paulo testemunhasse do Senhor até mesmo quando percebia que estava prestes a morrer! Paulo jamais praticaria o pecado de murmuração mediante tudo quanto recebera do Senhor durante o execício do seu ministério. Da sua conversão à sua partida para a eternidade, ele sempre, além de abrir Igrejas,  exortava a todos os irmãos a praticarem a fé segundo o querer de Jesus. 

Paulo foi um homem honrado por todos e ousado também - aos Coríntios 11:1 ele recomendou: sede meus imitadores assim como eu sou de Cristo! Isto é ousadia! Mesmo tendo uma vida pregressa, segundo os duros preceitos do judaísmo, ele jamais menosprezou o ministério das irmãs! Podemos, entre outras, notar a prsença destas descritas em sua carta aos Romanos 16. Honrou a irmã Áfia, recomendando-a a Filemom (Fl 1:2). Tinha o mais elevado apreço com as quatro filhas de Felipe (At 21:9) entre muitas outras. 

Acho importante ressaltar que as recomendações referindo às mulheres da Igreja de Corinto, nada tem a ver contra o trabalho feminino na Igreja. Essa recomendação foi dirigida à Igreja daquela cidade, especificamente, considerando o que estava acontecendo lá (1Co 14:34-35;  1Tm 2:11-14). Mas, não foram somente as mulheres que foram reprovadas em Corinto. Quando examinamos aquela carta entedemos que os homens também foram repreendidos (1Co 11:17-22). 

Outrossim, ressalto que, as recomendações de Paulo às mulheres, referente a sujeição delas aos seus maridos, conforme consta na sua carta aos Efésios 5:22-23, quando disse: "Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo." Em nada ecedeu as obrigações do marido a elas. Observamos que isto ficou bem claro nos versículos subsequente:

25 Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela26 para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, 27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. 28 Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. 29 Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja; 30 porque somos membros do seu corpo. 31 Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne. 32 Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja. 

Eu, particularmente, entendo nessas recomendações de Paulo que as obrigações dos homens para com suas esposas é algo mais sério do que muitos interpletam. Isto é notório. O amor devotado por Jesus à Igreja, é o mesmo rcomendado aos maridos às mulheres. Esta imterpletação errônia que é praticada até mesmo por muitos pastores, pelo que eu aprendi do Senhor, além de ser pecado, por ser crime também.
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Em Cristo Jesus,
Jorge Albertacci
Jubilado da Assembleia de Deus
Retiro - Volta Redonda - RJ




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