A vigília que agrada a Deus - Estudos Bíblicos

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur ad elit.
Morbi tincidunt libero ac ante accumsan.
Estudos Bíblicos
Pr. Jorge Albertacci
Levantai os vossos olhos para as terras que já estão brancas para a colheita. (João 4:35)
Ir para o conteúdo

A vigília que agrada a Deus

TEOLOGIA DO OBREIRO > Teologia do Obreiro
___________

Textos Bíblicos 
1Co 11:17-19; 1Co 14:26, 37-40



“Nisto, porém, que vou dizer-vos, não vos louvo, porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior. Porque, antes de tudo, ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio. E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós. Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém ignora isso, que ignore. Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem”


INTRODUÇÃO


A vigília que agrada a Deus é aquela que é levada a efeito no interior do templo, quando este está localizado onde a movimentação dos crentes não incomoda os vizinhos, ou em outro lugar que a Igreja tenha disponível, como uma chácara, ou o sítio. Estes dois últimos ainda são os mais recomendados, desde que haja meios para locomoção dos irmãos. A vigília que agrada a Deus pode ser realizada durante o dia ou à noite; devem participar dela todos os irmãos da Igreja local e congregações do mesmo campo. O anúncio para a realização da vigília deve ser feito internamente, entre os membros da Igreja local. Com oração, canticos de louvores a Deus, priorizando o canto congregacional, onde todos os crentes, inclusive as crianças participam dos cânticos ao Senhor e a leitura bíblica introdutória a vigilia tem seu início na pessoa do dirigente.


COMENTÁRIO


A vigília não é uma assembleia geral para resolver assuntos administrativos da Igreja. A vigília não é um culto público, ou uma reunião evangelistica. A vigília não é um culto de doutrina e nem Escola Bíblica Dominical, ou Estudo Bíblico. A vigília é um momento solene em que a Igreja do Senhor dedica tão somente à oração e à adoração a Deus. Se convier à Igreja, cumulativamente pode ser celebrada a Santa Ceia do Senhor.

A vigília deve ser realizada para atender a uma necessidade específica: - a) para cumprir a agenda da Igreja - b) para outros motivos indicados pelo pastor da Igreja, quando o mesmo entende que a Igreja necessita buscar a Deus, unidos, e com mais intensidade em oração. Podendo ser realizada a critério do pastor: semanal, mensal, bimestral ou trimestral.

É dispensável a presença de cantores e pregadores, a não ser que estes compareçam simples e puramente para buscar a Deus em oração, sem o compromisso de pregar ou cantar. Até mesmo porque, na vigília que agrada a Deus não há necessidade nenhuma de pregação. Lugar de pregar é lá fora, onde os pecadores estão. Nela, os crentes da casa, devidamente doutrinados, têm Salmos, Hinos, Testemunhos, Línguas, Oração e Liberdade para estarem na real Presença de Deus. 

Na vigília que agrada a Deus é dispensável o uso de microfones, bem como quaisquer outros instrumentos sonoros eletrônicos, assim como os de percussão. Nada que faça barulho, a não ser o provocado pela ação do Espírito Santo de Deus. Não existe vigília de varões, de mulheres, de jovens, de adolescentes, mas da Igreja do Senhor. Durante a vigília ninguém é obrigado a permanecer de joelhos, quando seu desejo é estar em pé ou sentado.


DISPENSANDO PREGADORES E CANTORES

Constantemente sou abordado por irmãos, amados meus, dizendo que foi convidado para pregar em uma vigília e qual o texto da Bíblia que eu indicaria para ele tomar como base para a pregação. Porque, no pensamento dele na vigília o pregador tem que levar o auditório ao delírio inconcequente, levar os incautos ao pejorativo re-té-té, sem a menor preocupação de deixar o povo sentir calmamente a presença do Espírito Santo em suas vidas. Mas, quem procura alguém no sentido de aprender são os irmãos humildes, porque os profissionais não - os profissionais não se contentam em ver a Igreja derramando lágrimas - não se contentam em  motivar os irmãos ao quebrantamento de espírito. Não. Seu objetivo é mostar uma fingida aparência de quem tem muita espiritualidade, só que em geral estes não gostam da Bíblia, principalmente por causa da recomendação de Paulo em 1 Coríntios 14, especialmente os versículos 37 e 40: “Se alguém cuida ser espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.  Faça-se tudo decentemente e com ordem.”  Aos que manejam  bem a Palavra da verdade (2 Tm 2:15), considera-os frios e sem unção. Ignora que o expoente que agrada a Deus precisa crescer na graça e no conhecimento (2 Pe 3:18; Jo 1.14; Mt 22:29). Entre uma "eisegese" e conjecturas exageradas leva seu público ao delírio, como embriagado e é capaz de fazer tudo o que ele mandar, menos proceder da forma que se deve em uma vigília que agrade a Deus.

Feliz é o pastor que pode contar com equipes de obreiros e obreiras preparadas para administrar esses eventos com os cuidados indicados na Bíblia Sagrada.

De ninguém está tolhido o direito de ir ao toalete ou na cozinha tomar água ou lanchar, sob supervisão dos obreiros e obreiras amigos dos irmãos, previamente preparados para este fim – que compreendam crianças como crianças, adolescentes como adolescentes, jovens como jovens e idosos, como idosos. Na vigília que agrada a Deus não deve haver aquela coação ditatorial adotadas por muitos líderes incomplascente que não respeitam a vontade alheia.

A vigília deve ter um dirigente, bom seria se fosse o pastor, mas na falta deste, uma pessoa indicada por ele. A vigília pode ser realizada com um número, a partir de duas pessoas, podendo chegar às centenas ou milhares, desde que os crentes estejam em conformidade com os preceitos estatuídos em 1 Coríntios 12:14.

Todos os participantes devem estar previamente orientados a se comportarem como que se estivessem na Casa de Deus, e não em outro lugar. As pessoas escaladas para coadjuvar o dirigente, devem permanecer atentas a qualquer desordem que possivelmente pode ocorrer mesmo onde estão os santos do Senhor.

Na vigília que agrada a Deus deve haver um momento para que os irmãos possam contribuir com suas ofertas. Da adoração a Deus, as ofertas também fazem parte. Desde que estas não sejam para pagar a nenhum profissional da fé. Mas que sejam entregues em sua totalidade, diretamente ao tesoureiro da Igreja para manutenção da mesma.

A vigília que agrada a Deus nem sempre agrada a todos, por isto mesmo é que eu a denomino de vigília que agrada a Deus. De nada adianta contentar a todos, desprezando a vontade soberana de Deus.

CONCLUSÃO

Tudo que passar disto pode ser considerado de: a vigília que não agrada a Deus. Quando o convite é extensivo a todos os crentes ou não, a vigília se torna inviável, porque muitos comparecem simplesmente para passar a noite, perturbando a oração, os obreiros e principalmente as jovens. Ainda mais nos dias atuais em que surgem movimentos os mais extranhos. Refiro-me, às unções esquisitas e antibíblicas que praticadas na Igreja, pode provocar confusão nos irmãos.
___________



Pr. Jorge Albertacci
Assembleia de Deus do Retiro
Volta Redonda
Rio de Janeiro
Voltar para o conteúdo